Câncer de endométrio

O câncer de endométrio é a neoplasia ginecológica mais frequente em países desenvolvidos. Sua incidência é primariamente em pacientes acima dos 50 anos, com uma pequena porcentagem surgindo em pacientes abaixo dos 40 anos.

O endométrio é a camada interna do útero. Ele serve como uma espécie de “cama” para o embrião se alojar e se desenvolver. Tem importante papel na fertilidade, respondendo a todos os estímulos hormonais do ciclo ovulatório. É o excesso de um dos hormônios presentes em todo esse processo, que leva ao surgimento das hiperplasias endometriais e do câncer propriamente dito. Esse hormônio é o estrogênio e a principal condição associada ao aumento do estrogênio é a obesidade! A gordura que fica abaixo da pele (tecido subcutâneo) tem enzimas que podem transformar outros hormônios do organismo em estrogênio, aumentando os níveis hormonais e gerando toda essa cascata que expliquei.

Diagnóstico

Diferente de outros tipos de câncer, não há método eficaz para a detecção do câncer de endométrio em pessoas assintomáticas. A investigação da doença começa no momento em que a paciente apresenta sintomas. Por sorte, em mais de 90% das vezes, essas lesões geram sintomas em fases muito precoces da doença. Mas qual é o sintoma do câncer de endométrio? O principal sintoma do câncer de endométrio é o sangramento genital, principalmente em pacientes menopausadas.

Tratamento

O tratamento do câncer de endométrio é fundamentalmente cirúrgico, com a retirada do útero e dos ovários. A cirurgia é o único tratamento necessário em pelo menos 80% dos casos. A via de acesso laparoscópica ou robótica é indicada na grande maioria dos casos. Nesses casos as pacientes se beneficiam pela abreviação no tempo de internação e de retorno às atividades do dia a dia.

Em uma pequena parcela dos casos em que a doença é mais avançada, mesmo após a cirurgia pode ser necessária a adição de quimioterapia e radioterapia para complementar o tratamento.