Câncer de colo uterino

O câncer de colo uterino é a neoplasia ginecológica mais comum no Brasil. Em até 85% dos casos, a doença tem origem a partir de uma infecção pelo HPV. Esse vírus é transmitido principalmente por via sexual. A chance de alguém entrar em contato com o vírus durante a vida pode chegar a 80%.

Rastreamento

O tempo decorrido entre a infecção inicial pelo HPV e o surgimento do câncer de colo uterino pode ser extremamente longo. E é por isso que o exame de colopocitologia oncótica (exame de Papanicolau) é tão importante! Ele é capaz de detectar as lesões que surgem antes do desenvolvimento do câncer ou diagnosticar a lesão maligna em fases bem iniciais. Hoje também é possível realizar a pesquisa do DNA do vírus HPV na secreção vaginal e aumentar ainda mais a chance de detecção das lesões pré-malignas (NIC) ou de lesões malignas em fases bem precoces.

Tratamento

O tratamento do câncer de colo uterino depende do estágio de evolução da doença e da saúde da paciente. Em casos de NIC ou mesmo no câncer muito inicial é possível a realização de um procedimento chamado CAF (Cirurgia de Alta Frequência), em que se faz a retirada de uma pequena porção do colo uterino. Muitas vezes esse é o único procedimento necessário para o tratamento. Para lesões mais avançadas são necessários procedimentos em que o colo uterino é retirado completamente. Quando a cirurgia envolve a retirada de todo o útero é chamada de histerectomia radical. Quando a retirada completa apenas do colo uterino, o procedimento é chamado de traquelectomia radical. A escolha entre os dois procedimentos depende do desejo da paciente de ainda ter filhos.

Para lesões mais avançadas a cirurgia pode já não ter indicação, sendo necessário o tratamento exclusivo com quimioterapia e radioterapia.