Situações que favorecem o surgimento do mioma e como diferenciar lesões benignas de malignas.
Chamamos de mioma ou leiomioma os tumores benignos originários da musculatura da parede uterina (miométrio).
São achados muito frequentes em mulheres jovens e parecem estar associados a determinados fatores, tais como:
- primeira menstruação antes dos 10 anos de idade
- obesidade
- consumo de carne vermelha
- uso de álcool
- deficiência de vitamina D
- pressão alta
Na maioria das vezes, os miomas não necessitam de cirurgia, pois não conferem risco à mulher.
Quanto ao tipo de crescimento, o mioma é classificado em:
- subseroso quando cresce para a parte externa do útero;
- intramural caso cresça no interior da parede uterina;
- submucoso quando cresce para o interior da cavidade uterina (cavidade endometrial).
Como respondem aos estímulos hormonais produzidos pelos ovários, os miomas podem apresentar crescimento significativo e atingir grandes volumes, gerando desconforto pélvico e abdominal. Além disso, os miomas submucosos podem estar associados a sangramento aumentado no período menstrual e infertilidade. Nesses casos, pode haver a necessidade de tratamento cirúrgico para aliviar o desconforto e os outros sintomas causados pelo mioma.
É importante ter em mente que miomas são tumores benignos, incapazes de produzir metástases. Mioma não é câncer.
Sarcoma
O sarcoma uterino é conhecido como “o primo maligno do mioma”. Sarcomas e miomas são tumores uterinos com comportamentos bem distintos. O sarcoma é uma lesão de crescimento rápido, com capacidade de disseminar-se para outras regiões do corpo e produzir metástases.
Felizmente, os sarcomas uterinos são tumores extremamente raros, correspondendo a aproximadamente 3 casos para cada 1.000 histerectomias realizadas.
Como diferenciar mioma de sarcoma
A remoção cirúrgica seguida de análise da lesão, é a única forma confiável de determinar se a tumoração é mioma ou sarcoma.
É importante que o cirurgião siga os princípios oncológicos e retire por completo toda lesão suspeita. A técnica de morcelamento, que possibilita a remoção de fragmentos através de pequenas incisões, está contraindicada em pacientes que tenham suspeita de lesão uterina maligna.
Aquelas mulheres que tenham o diagnóstico de sarcoma uterino, mesmo quando submetidas a cirurgias adequadas, podem ter a indicação de realizar tratamento com quimioterapia e radioterapia após a cirurgia.